bem vindo

oi bem vindo ao meu blog nele expresso pensamentos,sentimentos,meus versos buscam apenas encontrar aquela emoção escondidinha lá no fundo do peito guardadinha sem saber o que fazer na maior parte do tempo.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

O abismo e a loucura

Tic-tac e a loucura
Voltando pro seu abismo
Hediondo e profano
Será mesmo verdade?
Tudo o que a imaginação supõe?
Tic-tac e a loucura
Ficando aqui mesmo
Enroscada num dedilhado de violão

Periculosidade da indignação

Qual é a direção correta?
Direita, um caminho sem corrimão
Esquerda, flores com espinhos
Pra cima, luzes apagadas
Pra baixo, prédios calados
Pra frente, bocas atiradoras
Pra trás, arrependimentos impossíveis
Em diagonal, paralelepípedos com café
Em círculos, insanidade constante
Em dança, periculosidade da indignação
Em verso, e por que não?

domingo, 29 de junho de 2014

Deleite pros olhos!

Corro tortuosamente
Percorro tremulamente
Escorro timidamente
E nada completa
A tigela vazia
Além do horizonte
Sinto o cheiro
Árido
Refrescante
Do subtítulo
Escondido em alguns braços desnudos
Ah! Deleite pros olhos!
Infortúnio diário!
És tu!
Pássaro incorruptível
Vento da cortina
Deslizo pelo arco-íris
Entre os dedos
Saborosos
De um ardente, suspiro, infindável

Braços tórridos e insaciáveis

A autenticidade dessa marca é duvidosa
Mal avistou o tom
Enrijecido desse deslumbramento
E perdeu – totalmente - os sentidos
Entorpecido com o calor da noite
Ele procura sua vitima
Aterrissa sob seus lábios
E mordisca seus sonhos, incrédulos
Fazendo-a acreditar no intangível
Instante em que dois e dois são um
Contra seu bom senso ela repousa em seus braços
Tórridos e insaciáveis
Saboreia,degusta,aproveita
Nem todos os grãos de areia estão perdidos
Diminutos podem ser encontrados numa face
Digna do esplendor do mar

Encontro entre a luz e o perfume

Olho pela janela o sol
Acariciando belas alamandras
E nessa dança vultosa
Resplandece a melodia desses passos
Tão suaves
Delicados
Límpidos
Com gestos galantes
Indiferentes ao meu, impertinente olhar, seguem deslumbrando
Com o encantador encontro entre a luz e o perfume
Transtornando a perfeição
Aperfeiçoando o transtorno

sábado, 28 de junho de 2014

Flores suspirantes

Diga que sou seu
Apenas isso
É um novo êxtase
Despido
De pudor
De artimanhas
De calma
Esse caminho tem muitas interlocuções
Cuidado ao esbarrar nelas
Visto que são ardilosas
Flores despreocupadas
Mortas
Suspirantes
Que giram ao redor do rio em nossos corpos

sexta-feira, 27 de junho de 2014

estonteante verdade

Esqueci como desejar a desajustada
Cobiça de um fim de tarde
Começo nodular
Pérfido de maldade
Coberto de ternura
Uma estonteante verdade
Nua e crua
Sem rodeios
Roupas
Mascaras
Apenas bolsos pra guardar envelhecidos sonhos


Sons coagulados

Esse sorriso dourado resplandece
Todas as estrelas que piscam
Sinalizando um novo caminho
Inaugurado nessa estrada da perdição
É irrelevante todo esse segredo
Obscuro escondido numa mordida no fim de tarde
Adoro a obscenidade da vida!
Passear por folhas ardentes
Que congelam pelo paladar
Entorpecendo até mesmo os pensamentos mais intrépidos
Comodamente sinto o incomodo
Meus passos peripatéticos
Entremeiam a sopa de problemas
Que envolve todos os sons
Intermitentes
Vazios
Coagulados

Gelo mórbido

Não me apetece mais essa perdulariedade
Do teu olhar
Chega a ser insofrível
Toda hipocrisia que escorre de tanto desdém
Extravasa por minhas artérias esclerosadas
Sei muito bem que pra ti tudo não passa de uma imbecil piada
Não me entenda mal
Apenas estou enjoada
Dessa crepitosa saudade
Que ateia fogo
Nos caminhos que tento fugir
Metade de mim
Já foi
Onde?
Está a outra?
O gelo alcança a morbidade
De uma noite
Imprópria
Inepta
Ineficiente

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Abraçar o sol

Gosto de observar a vertigem pegando sol
E ela abraça cada raio de luz solar
Candidamente
Moluscamente
Tediosamente
É bela cena de se vislumbrar
Com um charme que me enfraquece
Atordoa
Enlouquece
E ainda sim não posso resistir
A paparasear
Seu descanso
Inocente
Interminável

Ruídos de comunicação

O pó da sentimentalidade
Partiu em mil pedaços
Os compartimentos dessa aliança
Ainda moribunda
Laços escorbúticos
Reúnem escombros
De uma escada que não chega a lugar nenhum
Olho pra cima não escuto nada
E pra baixo apenas vertigens
A firmeza estabelece
Ruídos de comunicação
Perdidos numa noite quente
Com um bafo estridente e frio
Que combate a desesperança
Abocanhada pelo vento
Que amordaça as desavenças
E as coloca no colo de um estranho
Mortalmente adormecido
Fraterno e inexistente

quarta-feira, 25 de junho de 2014

sentidos insensíveis

A decepção guilhotina minha ausência
Sem notar a presença
De sentidos insensíveis
Que perseveram apesar do tempo
Ventando sob seus pés congelados
Pela descrença inoperante
De um gargalhar sem sossego
Acanhado,rabiscado,gratinado

Abismo desenfreado

Estou vendo o fim
De um caminho sem volta
Retornando ao abismo
Desenfreado
De um colapso
Escorregadio preso à realidade
Frita e nua
Mordida crescente da noite
Que deseja partir sem chegar
Sem membranas elas
Assoviam verdades inaudíveis
Para o vento
Sem comovê-lo
Sem movê-lo
Sem comê-lo

Mãos que tangenciam

Como quem não quer nada tu vem
E me soterra de inóspitos movimentos
Circulares, Triangulares....
Irregularmente dispostos à perfeição em meu corpo
Mãos que tangenciam
Olhares que circunscrevem
Lábios que inscrevem
Em ti essa função
Com variáveis desconhecidas
Com sabor de maracujá

Embaralhada dança

Pois há mais estrelas no céu
Do que o numero de vezes
Que busquei não pensar em ti
Mas parece que quanto mais
Desejo não me ater a ti
Mais entrelaçada
Me encontro a ti
Nesse tórrido momento
Incongruente em ti
Sigo nessa embaralhada
Dança em ti
Em mim
Em nós

Esperanças e lantejoulas

As pedrinhas conversam
Precipuamente
Sobre o tempo sem vento
O pesar que está contente
O encanto que espantado está
Tudo parece fora do lugar das prateleiras do mundo
E tão perfeitamente encaixado
Em mim
Nessas bagunça eu me acho
Grande coisa
Alguma em meio ao caos
Não posso evitar
E tão pouco tento
Escapar
Desse turbilhão
Que coloriu o azul do céu
Com o fogo da esperança
E colou lantejoulas
No sorriso mudo
Dos tímidos versos

terça-feira, 24 de junho de 2014

um pé no sono e outro na agenda

Detesto sair cedo quando ainda meus pensamentos estão adormecidos
E meu corpo inteiro boceja, lentamente
Pedacinho por pedacinho
A preguiça é sacudida feito poeira
Espantada de todos os poros sonolentos
O olho abre mas a mente segue no mundo dos sonhos
E nesse transe em transição
Permaneço com um pé no sono e outro na agenda
A cama confortável parece convidar-me para seguir ali
Tão sublimemente tranquila
Eu, os lençóis, e nada mais

Suplicas no chão

É minha culpa sei bem disso tudo
Imagino que estejas contente ao ouvir isso
Pois eu estou engolindo meu orgulho com uma aspirina
Pode até ser que seja tarde para cogitar
Uma mudança de paradigma
Ainda sim
Tento construir uma alternativa
Uma ponte feita de arco-íris
Para unir
O que a inconseqüência separou
Peço, simplesmente, uma nova oportunidade
Para destruir ou salvar
Essa loucura que nos envolve por completo
Apedrejo minha mente
E encontro respostas em grãos
A humildade me obriga a admitir
Errei e te magoei
O plagio do meu amor
Me cegou
Amei o espelho
E te deixei pra trás
Agora retorno
Com suplicas no chão
E no coração um aperto isquêmico
Teu perdão não será a borracha em meu passado
Mas sim o verso que inspira meu futuro

Refrão das minhas noites

Onde está o ar que fugiu no instante
Em que me olhaste?
Suspiro incontido
Num inadequado momento
Alegria que dança sob meu rosto
Aquela faceirice medonha
Impossível de descrever
E que marca a fogo minha respiração
Sofisticada emoção
De um coração vencido
Pelo inigualável sabor da tua voz
Que penetra em meus sonhos
E completa o refrão das minhas noites


Corredor de nuvens peladas

Vai ver tudo está errado
E o que está certo não está aqui
O que um dia foi jamais será
E no encontro tudo se perde
Nada de ganhos ou expectativas
Ironias em excesso
Sem, contudo perder a graça triunfante
De um corredor de nuvens peladas
Que surpreendem por onde passam
Assim tudo está lá e segue aqui
Como nunca foi
Como sempre será?

segunda-feira, 23 de junho de 2014

um gotejar latejante

Um milhão de anos luz
Estou à frente da porta que nos separa
E ainda sim posso sentir o teu cheiro
Impregnando minha pele
Esse fogo que congela meu discernimento
Aproxima-nos pouco a pouco
Num gotejar latejante
Não suporto essa distancia
Que compra meu sossego
E vende minha paz
O que fazer com o vento em meu peito?
Onde devo guardar as velas apagadas?
É complexo argumentar com as pedrinhas
Escondidas entre meus dedos do pé
Mais parecem moscas
Enlarvando minha paciência
Que outrora forte
Hoje mal cheirosa
Um milhão de anos pagados
E onde tu estás?

clima colorido

Não vá pensando que roubar
Meus sentidos é fácil
Sem entrosamento
Entre nossos dedos
É irremediavelmente
Doloroso
Periculoso
Ardiloso
Se caso sigas ai
Por favor não deixe a porta aberta
Pois coisas inexplicáveis
Ocorrem entre dois incansáveis
Encapsulados num beijo
Numa tarde qualquer
Sem chuva ou sol
Apenas um no ar
Perfumando
Por aí
Ou aqui.

A loucura intermitente

Delírio de um surreal encanto
Perco a noção de tudo só de pensar em ti
A loucura intermitente
Que agarra tenazmente
Meus mais insalubres pensamentos
A zombaria que penetra e nutre
Qualquer resquício
De lucidez
Esse carinho todo
Enegrece-me de felicidade
Alegria asmática
Que me rouba o ar
Leva-me ao chão
E me faz voar
Por teu sinuoso corpo
Em busca de tesouros
E guloseimas para o fim de tarde


O impossível parece tão provável

Vago por andares vazios
Distantes e colabados entre si
O impossível parece tão provável
Quanto à chuva na janela
Acariciando o vidro obscenamente
E nessa virtuosa paixão
As gotas se deleitam
Ardorosamente
Por todos os cantos
Por todas as possibilidades
Por todos nós


domingo, 22 de junho de 2014

A vegetativa vida vigente

Se a demora seguir lentamente
Sou capaz de realizar insanidades
E não pense que estou de brincadeira
Ou sendo irônica
Podes perder tudo
Com meras especulações
Arbitrarias
A vegetativa vida vigente
Tão perene
Apodreceu com tanto desamor
Não finjas que não recordas
A chuva molhou meus sonhos
E afogou-os rispidamente
Por isso não diga que estou exagerando
Quando decepo toda a cortesia que restou entre nós
Apenas porque estou afim

Gangrena verbal

Pode por favor, sair daqui agora!
Afinal que porcaria é toda essa?
Tanto lixo saindo de uma boca apenas
Só pode ser uma gangrena verbal
Deteriorando a minha paciência
Robustamente abastecida com tanta hipocrisia
Pelo menos a chuva planta expectativas
Difíceis de encontrar
Em momentos cegos
Onde tudo parece necrosado
Retido num abismo
Imerso em obscurantismo
Nada além de recados esquecidos
Bordados na palma mão
Decepada pela desesperança   

Carbonizei meu bom senso

Fiz sinais de fumaça para chamar tua atenção
Ateei fogo em mim para teu deleite
Queimei meus instintos
Carbonizei meu bom senso
Incinerei a distancia entre nós
Cremei a saudade
Inflamei a paixão
Abrasei o medo
Acendi a esperança
Chamusquei teu coração
Chamejei o meu

sábado, 21 de junho de 2014

Todo o amor de todos os tempos num só coração

Será que sabes o quanto te amo?
Imagina toda a leveza do mundo num só sorriso
Toda a correnteza do mar num só abraço
Toda a intensidade do vento numa só voz
Toda a mágica do pôr-do-sol num só toque
Toda a ternura do horizonte num só olhar
Toda a gentileza das flores num só aconchego
Toda a imensidão do universo num só beijo
Todo o amor de todos os tempos num só coração
Isso tudo é apenas um raio do sol que arde em meu peito

Canoas elétricas

Não tive oportunidades
De restaurar o muro de flores
Que plantastes entre a discórdia e a aceitação
As ruas apedrejadas com nuvens de hortelã
Comemoram o silêncio
Com balburdia e meditação
Ruidosas partem em suas canoas
Translúcidas
Elétricas
Pálidas
Como se hoje ainda fosse carnaval

pormenores terríveis

Mereço a solidão como hobby
Distrações corriqueiras não me atingem
E a distância me embriaga
Como uma pólvora em chamas
Petrifico a razão
Congelo a dor
E refresco a ilusão
Para nada
Por tudo
E com muita pouca criatividade
Robustamente escondida
Em goles de multidão
E ainda sim estou só
Na contra Mão
Da vida
Errando a todo instante
E acertando pedrinhas na água
Com objetivos escusos
E pormenores terríveis
Afago os lamentos
E sufoco
Lentamente qualquer tentativa de mudança
Para construir elevadores
Na busca de combater
Essas impertinentes
Desilusões
Sempre corro
Nado
E bebo
Saudade

dúvida indistinta

Não acredite em tudo o que lê
Nas páginas de um corpo qualquer
Porque ler curvas nem sempre resulta ser fácil
É tarefa inconclusa, complexa e subjetiva
É como abocanhar com um suspiro
Todas as frutas presas a um olhar
Numa tarde chuvosa
Onde as gotas são açucaradas pelo fogo
Da dúvida indistinta
De permanecer onde não se está

Laços ausentes

Quando acaba a serenidade
Sobra apenas ruínas e pó nesses galhos enferrujados
Pela discórdia, cobiça e o medo
Fantasmas presentes
Laços ausentes
Tudo tramado, sem crivo
Sem peste ou teste
Contudo
Com nada
E ainda sim repleto de algo
Sem precisar de folha nenhuma
Para se envolver
Do frio
Mesmo durante o inverno
Suas aspirações aquecem
Seu semblante costumeiro
Tanto se partiu,
Tanto se perdeu
E ficou no ar
No mar
Em mim
Em ti
Em nos

sexta-feira, 20 de junho de 2014

sol que escalda nossas dúvidas

Tu já não permanece aqui
Onde estão todos os sonhos?
Espalmados entre nós?
Desgraçadamente as palavras soluçam
Até mesmo a tristeza precisa descansar
As folhas dos teus lábios, já marcharam pra longe
Dessa bagunça a qual chamamos vida
Esse deslumbramento inoportuno
Que não passa de uma escada vazia
Agarrar a vontade de ir embora não mudará nada
Eu já não estou aqui
Onde estávamos quando tudo esmoreceu?
Quem sabe escondidos numa desilusão esperançosa
De um sábado nublado
Repleto de sol que escalda nossas dúvidas
Onde a única preocupação é escolher o sabor da limonada

Rua sem princípio

Como uma tatuagem sobre a pele
Perpetua a vontade indomável
Do onisciente intento
Elegível de escolher flores desconhecidas
Numa manhã qualquer
Exposta num calendário inexistente
Frio
Abafado
Esquecido
Numa rua sem princípio

Galhos da desconfiança

Passos seguidos pela porta que atenta contra a parede
Assombrosa sensação escusa
A perceptiva janela esbarra entre os galhos da desconfiança
Nada infere
O teto permite a solidão permanecer em seus aposentos
Escamoteados ruídos
A maçaneta imperiosa esconde segredos
Semelhança atordoante
E o chão observa sorrateiramente essa peculiar reunião
Apenas apanha palavras suspiradas
Num dia ardente de outono
Hoje sem conclusões
Partiu em busca de aventuras maçantes
Em novas casas ou até mesmo em apartamentos
Ou quem sabe em terrenos abandonados
Onde possa florescer suas raízes
Adormecer, viver

Muros estilhaçados

É inacreditável aceitar plantação de corações
Em terrenos abandonados
Ou circos públicos
Ou em muros estilhaçados
Perdidamente esculpida
Deliciosamente aprimorada
Ardentemente delineada
Em segredos aguardados
Numa xícara de café com leite


Rotinas intratáveis

Escrevo rotinas abstratas
Intratáveis
Soltas e revoltas
Com semblantes pitorescos
Sorrisos escaldantes
Olhares escalares
Retirados de um abismo silábico
Estonteantemente saboroso, insonso, gracioso


Canções achocolatadas

As conversas estão hoje predispostas
A destituir todos os singelos sorrisos
De seus submundos
Apagados num prato de sopa
Afagando suas esperanças improprias
Com apenas uma moeda nas mãos
E um punhado de palavras desconcertantes
Açucaradas com canções achocolatadas
Esquecer é impossível
O jeito é seguir a rota das linhas acolhidas
Na árvore presa à garganta
De um estranho frio que congela os laços
Proeminentes entre tudo o que não está aqui

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Formosura saborosa

Chega de tanta loucura
Estonteante tonta
De forma tão deformada
Essa formosura
Saborosa que saboreia
O semblante seu
Tão meu que nem
O trem que percorre os trilhos
Outrora trilhados sem tino
Desatinados ao buscar um tom
Tomado de tâmaras
E tiaras rebuscadas
Com lápis de som

Se fosse tudo seria nada

Se fosse verdade
Seria horrível
Se fosse mentira
Seria insuperável
Se fosse fogo
Seria inacessível
Se fosse acanhado
Seria tu
Se fosse incrível
Seria nosso
Se fosse algo
Seria dado
Se fosse tudo
Seria nada


Sem aviso

Encantamento sublime
Que tortura as diretrizes
E espanta a avareza
As estrelas pontiagudas
Saltam aos montes
Sob meus pés descalços
Buscando
Pequenas bergamotas
Escondidas entre os arbustos da minha mente
E apenas ressurgem nos dias de chuva
Sem aviso
Motivo
Ou explicação


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Possibilidades fraudadas

Não creio em páginas apagas com palavras emborrachadas
Isso deveria ser abolido numa conversa entre os dedos do pé
Como se fosse possível deslizar árvores no pão logo de manhã
Indignada corroo todas as possibilidades fraudadas
Pelo vento tortuoso esquecido por aí
Despetalo minhas esperanças apenas porque não tenho o que fazer
Bebo o café já frio para bagunçar meus pensamentos
Um pouco mais
Apenas por diversão
Isso renovo meu liquidificador mental para um novo e intrépido dia

Encontro estrondoso

As pétalas estão reflorestando
Cada passo caloso dessa tua impertinente teimosia
Espantosa alegria que oportunamente
Me detém
Aqui dentro de ti
Em cada suspiro
Em todos os erros
Penetrando pouco a pouco em teu mundo
Insólito, inóspito
Incansavelmente encantador
Escorrendo por teus poros
Eu sigo caminhando entre teus dados
Repletos de incidentes vazios de auroras obscuras
Meu sorriso entra pela porta do teu olhar
lembrando-me que muitas noites ainda estão por vir
E as laranjeiras cantam em paz
Apenas observando nosso encontro
Estrondoso
Único

O primor do momento

É agora que a alegria escorre pelos corpos
Satisfeitos
E a plenos pulmões joga tudo pro alto
Como se os sonhos fossem confetes de carnaval
E a quarta-feira de cinzas um beijo roubado
Numa esquina qualquer com endereço incerto
Um público apetitoso, ansioso, manhoso
E o primor do momento
Dura um estalar dos dedos

Limão e mel

Quero ousar dizer o que nunca foi dito
Mas acaso terá alguma palavra aguardando ser proferida?
Quero enfrentar o vento no café da manhã
Todos os momentos num aperto de mão
Quero tudo e muito mais
Salpicado por limão e mel
Porque um pouco de doçura sempre cai bem
Num fim de tarde
E um azedinho pra despertar os sentidos
Emaranhados no frio do inverno

Porções de auroras perfumadas

Lago está ficando petrificado
Estranhamente sua timidez alegra os patos
Que se deleitam em sua margem
Seu disfarce
Segue encoberto por açucaradas folhas
Repletas de fios sinuosos
E porções de auroras perfumadas
Nesse momento tudo se encaixa
Desarmonicamente
De uma forma tão perfeita e natural
Como tão poucos momentos sobrenaturais

terça-feira, 17 de junho de 2014

Sublime intensidade

Sinto a tua falta isso me incomoda
Não tenho certeza se estou pronta
Pra essa fornalha que estamos nos metendo
Mesmo assim aqui estou
Seja por teus hipnóticos olhares
Ou por teus lábios viciantes
Entretida em teus braços
Esqueço do mundo
E sinto ainda que por instantes
A sublime intensidade
De sentir-se aconchegada
Não apenas em teu sorriso
Mas também em teu coração

A música da conquista

Sem falar uma única palavra
Conversamos por horas
Os olhares contam piadas
Os sorrisos contam anedotas
As mãos falam sobre o tempo
As pernas abordam a física quântica
Os pés só falam sobre sonecas confortáveis
Os lábios retratam a alegria
O coração fala a respeito da música da conquista
Que permite o silêncio estrondoso
De um barulhento beijo bem de fininho
Sem alarde ou timidez


Chamas radiantes

Toda a nudez será despretensiosa
Chamuscada em versos
E refletida em obscuros cantos
Tocados gentilmente
Furiosamente
Incansavelmente
Como se nunca antes fossem atingidos
Pelo ardor do corpo
Em chamas radiantes
De um instante
Sem sombra
Ensolarado com sorrisos
E perdidamente
Nosso
E nada irá tirar esse fôlego do mundo
Enquanto a chuva cai aqui e lá fora

Descontrolados e contidos

Já que estamos aqui
Poderíamos quem sabe
Ouvir a voz
Aquela que inibiria
Toda e qualquer tentativa
De narrar o que estamos sentindo
A mudez das palavras
Em nada competi com a satisfação
Do beijo entre as poucas
Mas significativas silabas
Trocadas como espirros irregulares
Descontrolados
E ainda sim tão contidos
Nesse vão que estende entre nós
O único som
Pregado à parede é o do relógio
Que bate em nossos corpos
E reflete em nossos corações

domingo, 15 de junho de 2014

Ardilosas tramas

A língua gotejante
Perde seu veneno pouco a pouco
E cada gota perdida se multiplica em oceanos
Sempre fartos e imensos
Suplicando por vítimas
Escorregadias, covardes, devastadoras
São suas ardilosas tramas
Para abocanharem novos
Encantos perdidos
Sem medo ou coragem
Seus objetivos
São desconhecidos
Para sair desse buraco sem fim
Cave tão fundo até
Encontrar a intransigência
Destruindo o silêncio
E acorrentando a voz
E assim bata tudo em um aparador de grama
E a sutileza deixará de ser lenda

O sentido do caos

Não creio que esteja vivenciando
Essas borboletas cravejadas em meu sorriso
Incompetente em seguir sério
Porque ter calma quando estou explodindo?
Por dentro a insanidade
Por fora a inconsequência
Substantivos próprios
Dos apaixonados
Que partilham tudo sem nada doar
Adorando a loucura
Esquecendo a razão
Entregando seus anseios
Para uma nuvem perfumada
Que separa enlaçando tudo ao redor deles
E encarna a saudade em suspiros
Soma muitas dúvidas
E encontra diminutas respostas
Mas agora já não são necessárias
O caos faz sentido
Um perverso e encantador
Sentido em todos os poros

Verso desarticulado

As palavras não surtem mais efeitos
Nesse derradeiro apedrejamento
Que desintegra
Cada verso
Desarticulado
Em meus bolsos vazios
De que valem os horizontes do teu olhar
Se não sou capaz de retratá-los
Teus lábios foram capazes
De transformar
O inaudível em canção encantadora
Cada toque
Em pequenas borboletas perfumadas
E esse poema em uma salada de frutas mutante

Docemente indecente

Acho que existem momentos
Que tatuam a transgressão em meus pensamentos
Tornando o impossível banal
E o cotidiano em um furacão
Já não suporto
A incerta certeza
O que sinto é tão real como meus lábios
Me dizem
Ou a ilusão cega brinca comigo?
Quero saber se posso confiar em mim
As estrelas dançam em meu sorriso
Espontâneo,acido,irresistível
Docemente indecente
Em forma de purpurina
Coberta por sonhos

Uma tênue vontade de amalgamar nossos pensamentos

Olhando em teu interior vejo o exterior do mundo
Viajo por vales e cascatas
Sinto uma pacificadora vontade de sorrir
E gritar com todas as minhas vozes
Que aso te sentir assim tão ao meu lado
Que até parece que estamos juntos
Denotativamente reunidos
Ardentemente conectados
Aglomerados
Estreitamente ligados
Por uma tênue vontade de amalgamar nossos pensamentos
Num despretensioso beijo

metamorfose incendiária

Quando é contigo tudo é capaz de pegar fogo
É como se tudo fosse uma irrefreável loucura
Pedante, insuportável, inesgotável
Digna de uma chuva de meteoros
Chamuscados, tosados, transloucados
Numa metamorfose incendiária
Perpétua
Ofuscante
Mergulhada em caos e nada mais

sábado, 14 de junho de 2014

Estrelas engatilhadas

Chega de falar para tantos quadros desbotados
Escorrendo lamentos e desilusões
Pouco a pouco eletrizando cada passo não dito
Feito trovão engasgado num prato de sopa
Perturba por onde passa
Rasga a calma e costuma a irresponsabilidade
Em sonhos impossíveis
Em revistas indolores
Em punhados inapegáveis
De estrelas engatilhadas num misterioso olhar

Em busca de abraços bem apertados

Agora é sério ou jamais será
Um gotejar de felicidades aplaudidas
Por lábios indecentes e viscerais
Num esforço descabido
Para penetrar em olhares nunca antes avistados
Tal qual o beija-flor que embarca numa rústica dança
Em busca de abraços bem apertados
Enrodilhados ardentemente em cada beijo
Compartilhado
Enclausurado num botão que transborda a incontida satisfação
De abocanhar o deslumbramento com apenas um sorriso
Revoltado, repaginado, reavivado

Algumas pessoas perfumam nossos corações

Existem momentos que colorem o ambiente
Algumas pessoas perfumam nossos corações
Com apenas um sorriso
É impossível não resistir aos seus encantos
às vezes chegam de mansinho
E conquistam por onde passam
Mas tu chegou como uma onda do mar
Com suavidade, determinação e carisma
Um magnetismo irrefreável
Gentil negará esses pretensiosos versos
Obstinados em revelar uma pintura em forma de gente
Com cores profundas, olhar penetrante e abraço acolhedor



sexta-feira, 13 de junho de 2014

A petulância do meu amor

Admito qualquer coisa pra te irritar
Faço o que for pra ver esse sorriso deslumbrante
A petulância do meu amor
É um mar se fim
Ansioso por carinhos vingativos
E pétalas perfumadas
Dessa vez nem teu sublime olhar ira resgatá-lo
Da debochada demonstração de paixão
Irônica, impertinente, horrorosa
Verdadeiramente soberba
E ainda sim incrível
Sim meu bem
É desse jeito que eu gosto
É só correr pro beijo
E deslizar no abraço