bem vindo

oi bem vindo ao meu blog nele expresso pensamentos,sentimentos,meus versos buscam apenas encontrar aquela emoção escondidinha lá no fundo do peito guardadinha sem saber o que fazer na maior parte do tempo.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Que venham as ruas serem ocupadas

olha pela janela mas o que vejo?
serão ventos suntuosos ou silenciosos?
ou quem sabe um olhar impertinente do amanhã?
talvez seja apenas um sorriso do sol levando consigo o dia,o mês,o ano...
e algo mais de todos nós
e o que ele deixa?
permanecem os limites sem horizontes
possibilidades infinitas
e o respirar consagrado de um mundo inexistente na palma da mão
muitos passos,passas,pessoas,pássaros,pêssegos
perdidos,achados num mix de pensamentos e desejos
que venham os muros a serem derrubados,os paradigmas a serem refeitos,as ruas a serem ocupadas
muitos sonhos aos conscientes
e muitos sonos para os absortos

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

recordações perdidas no abocanhar da noite

hoje acordei de um sono não-dormido
sentindo falta de algo que jamais tive
daquelas pessoas,poucas,que recriam um por-do-sol em meu peito
de certos dias que ainda não vivi
mas arrasam meu bom senso
recordações perdidas no abocanhar da noite
sinto saudades,tantas,inumeráveis
incordiavelmente me distraem
num despencar de sentimentos
que dilaceram minha intermitente calma
feliz por compor essa paródia
que abraça esperanças
e num resfolegar da vida
sinto uma ânsia de vive-las
ainda que por meio dessa inescrupulosa
mania de sentir-me incompleta-mente-repleta
feito folha verde
que exala seu perfume ainda que seca sob forma de chá
para apenas enternecer um coração que insiste em latejar feliz
porque gosta de ser completamente-inconcluso
sinto tantas saudades de ti,de mim,de lá,de cá...sinto...tanto...e....mais....


bocas asfixiantes

o destilar de um amor ausente
que por ventura se faz intermitente
assusta com sua voz permanente
tatuada em minha boca errante
feito borboleta num sol escaldante
difícil esquecer,ardor eternizante
repleto de compotas enebriantes
enraizado em pesares apaixonantes
adeuses- não-ditos por bocas asfixiantes

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O entrelaçamento indiscutível entre duas córneas dançantes

 estou dilaceramente descomposta
não repita-me tais predileções inoportunas
o vento veste-se de penumbra
com apenas um olhar
um desesperançoso,inescrupuloso,guloso
-olhar-
daqueles que se nega,se mente,embora jamais permita-se não senti-lo
porque é impermitível
não necessita de promessas ou requisições
somente o entrelaçamento
indiscutível entre duas córneas dançantes
numa noite qualquer
deslumbrantemente única

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

realizar nada além de tudo.

despedaçados os pés caminham entreolhares
entredentes ,entre-sem-saída
despedidas inadequadas
tortuosamente encorajados
param adentrar nos insuspeitos desejos
escondidos numa boca qualquer
entre os dedos,entre se for capaz
porque não é pra qualquer pé rapado
tem que ser mais do que pé
ser pés,misteriosamente adornados com o riso de domingo.
aquele que apenas alguns se comprometem
em não realizar nada além de tudo.

encapsulada timidez

certas manhãs não despertam apenas deslumbram
como suas pestanejantes verdades
o sol as cumprimenta
nada dizem
a as impede de prosseguir
por entre olhares impetuosos
calorosamente gélidos
embora tão.....simplesmente.....inefável
como o sabor de um algodão-doce no café-da-manhã

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

o poema é bicho surdo

o poema é bicho surdo não ouve ao primeiro chamado
permanece quieto,sorrateiro,finge que nem é com ele o papo
amarga os pensamentos com suas ferraduras pesadas
e entre os intervalos dessas patadas arranco-o
desse marasmo descomunal
para amarrá-lo aos meus dedos,moldá-lo feito argila
salpicar um pouco de sarcasmo
e abotoá-lo no papel feito sorvete que cai no chão
dessa disputa restam poucos sobreviventes
um punhado de versos,escalonados nos pensamentos
de uma escadaria que tem todos os rumos para lugar nenhum
com um robusto sorriso repleto de amores
e alguns pesares para desarmonizar
essa serena, incongruente, vontade de nada dizer apenas cantar.