bem vindo

oi bem vindo ao meu blog nele expresso pensamentos,sentimentos,meus versos buscam apenas encontrar aquela emoção escondidinha lá no fundo do peito guardadinha sem saber o que fazer na maior parte do tempo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A criança e os pombos

o que vejo no chão?são migalhas de pão?
é uma criança disputando com os pombos seu café-da-manhã?
é a degradação de uma sociedade?
é normal?
não há o que fazer?
sempre foi assim?
isso tem que continuar?
é só olhar pro lado?
basta calar a boca?
viver sem estar vivo?
qual é o preço da dignidade?
ontem mesmo comprei a liberdade porque não adquirir a dos outros?
o silencio chora alguém ouve?nada houve?
quem deixou essa criança roubar o lanche das pombas?
necorsaram os olhos?
poderia ser qualquer um?
conseguirias um copo d'água para engolir a realidade?
quem sabe voltamos a dormir?
o impossível pode ser expectável?
e se pararmos de jogar migalhas tudo se resolve?
o futuro é misantrópico?
alguém pode apagar  a luz?
fui?





Amor desembainhado

sigo tricotanto lembranças para te esquecer
visto que a tua ausência é demasiada perspicaz
bordo um sol em meu sorriso apenas para aprazer-me
costuro esperanças em meu olhar
na busca inútil de afastar-me
recorto em mil pedaços meu coração
na improfícua tentativa de que se perca
algumas das partes que te pertencem
colo versos para desfitar-me de ti
remendo pensamentos abarrotados de esquecimentos
evocados impreterivelmente a todo instante
descoser já não possível
pois esse amor foi desembainhado


Sortilégios

olho a janela com seus olhos petrificados
mirando-me de volta
petulante jogo um sorriso abrasivo em seus braços
certas obscurescências 
são permitidas apenas à noite
porque durante o dia
seriam necrófilas
demasiadamente insuportáveis
feito um aperto de mão dedicado ao fogo
de dia certas regalias 
são muros construídos entre todos
enquanto que á noite são sortilégios
encantadores,chamuscam a razão e esquecemos
do bom senso de horas atrás 
para buscar loucuras logo em seguida
horas depois. 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Um oceano em erupção

diga que sou tua ainda que sem utilizar fonemas ou prefixos
porque afinal mas vale uma mentira balbuciada ao pé do ouvido
do que uma verdade jogada pela janela
apedreje o bom senso
pelo menos uma vez
apenas porque estou pedindo
sei que sou insuportável
mas o que posso fazer
se possuo um oceano em erupção em meu peito?
além de todas as nuvens presas a meu sorriso
é certo também que tu concentra 
os ventos elísios em teu fumegante olhar 
e não pense que permanecer com os pés cravados no céu
é singela realização
inexequível é a vontade de permanecer na monotonia
de estar sem sem ti

Perfeitamente imperfeito

não é possível que tu não tenhas visto
tudo aquilo rabiscado em meus corpo
translucidamente transbordado em tuas mãos
como será provável que prossigamos nessa
inaparente jornada
sem nem sequer 
apresentar-nos?
nosso encontro é feito chocolate derretido na boca
e o desencontro é uma perdição tal torta de maçã
quentinha derretendo o paladar
insano em busca de verdades obtusas
é como se tudo fosse feito de anchovas
perfeitamente imperfeito
feito o fato
feio

O delírio da amizade que ama-mais-que-amigo

ah!!!deleite de meus olhos - impetuosamente - pintado em nossos horizontes
obscuro desejo que perpetua a luminescência
sorriso guardado à sete chaves
um olhar
em silêncio disse tudo
tudo o que se encontrava
criptografado por meus tórridos pensamentos
e num suspiro me entreguei
ao delírio da amizade
que ama-mais-que-amigo
aquele amor indecentemente inocente
e perigoso em seus delírios
sereno num abraço
a complexa distância entre dois corpos
é imensurável
mas tão absurdamente sentida,ardida,possuída
esse insuspeitado sentimento
carboniza as flores brotadas tempos atrás
amigo meu amor
como suportar calada a devastação
de uma noite perfumada com o arco-íris dos teus olhos?
ao apertar tua mão 
o verão ao meu coração chegou
as ruas mudaram de CEP
agora os pássaros nadam
e eu aqui estou
esquadrinhando a resposta de uma pergunta
(ainda) não formulada








terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Promíscua timidez

gosto de superinsuflar meu hiperventilado coração
é como abotoar panquecas quentinhas logo de manhã
saboroso,incandescente,imprescritível
afinal nem tudo são flores,ás vezes são cafés,chocolates,bananas...
tortilhar um sorriso escondido sob um manto de promíscua timidez
irrisível sensação ptolomaica
de acordar e te ter ao lado
com os braços enternecidos entre meus lábios
tudo onde deveria estar
supostamente em lugar algum mas ainda sim em todo lugar

Vazio interior

embora a boa hora durma candidamente 
em tuas mãos gelatinosas
gentilmente suaves na sensibilidade
 crepitante de um domingo
 indecoroso indexadamente 
as pálpebras piscam petulantes 
ansiosas por anseios meios cabisbaixos
importunadamente a oportunidade
 se perdeu perscrutando um coração
 oco,louco que sem sentir esvaziou o seu vazio interior.