bem vindo

oi bem vindo ao meu blog nele expresso pensamentos,sentimentos,meus versos buscam apenas encontrar aquela emoção escondidinha lá no fundo do peito guardadinha sem saber o que fazer na maior parte do tempo.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

sorriso festeiro,sorriso calado

o sorriso festeiro mal nota os milhares carros ao seu redor.
questionando,duvidando,implorando
por uma foto apenas,
mas ele insiste em dizer "sem comentários".
calado por hora,segue embriagando por onde passa
conquistando estrelas,caramujos,peixes e ondas.
sorriso festeiro que contagia até mesmo o mais incrédulo e triste
com seu charme e roupa colorida
torna-se irresistível não segui-lo,
abraça-lo ou broda-lo em nossos inertes rostos,
afinal como resistir ao calor do aconchego de um sorriso não julga,
não condena,não vai embora
mas tao pouco fica conosco.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

se a lua estiver surda

se a lua estiver calma pode ir para a balsa.
se a lua estiver rouca pode ir para o discurso.
se a lua estiver surda pode ir embora.
se a lua estiver morta pode ser impossivel.
se a lua estiver  fugitiva pode ser que tudo acabe.
se a lua estiver cansada pode ser que troque de lugar com o sol,apenas por uma noite,apenas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

tarde enluarada

quantas vezes desejei ..................não estar presente em tua vida .....................
para assistir essa decadência,a distância promiscua deturpa todo e qualquer sonho que pudesse,talvez,um dia ter brotado no teu sorriso.
não sei como foi acontecer,esse pesar já me despedaça.................fraternalmente...............ao trazer à tona esse inoportuno sofrimento.
já não posso segurar meu coração que acaba de ser.............. possuído......... pela loucura,
contra tudo o que dissestes- pagarei um alto preço-
sei,
mas preciso te destituir da minha vida!
ou eu consumo esse amor ou ele me consumirá!
pode parecer apenas um punhado de exclamações mas...... infelizmente.......apesar de tudo,sigo aqui,
deixando a perversão contaminar meus olhos secos com luxuosa vaidade.
pode até ser que um dia me arrependa mas esta carta que hoje sangra meu sorriso irá sanar um dia...seja numa segunda pálida......ou......numa tarde enluarada de um domingo.......mas sou interrompida por soluços cortantes que mastigam minha garganta........ainda estás aqui?.................eu estou lá.........aqui.....em todo lugar.........
embora saiba que até mesmo no fundo do mar tua voz inebriante me seguiria.
e ..........aquele sorriso que tanto odeio..........amo......quero longe........e.............perto.......
tu não escutarás meu desabafo,no entanto sentirás minha adaga matando esse amor lentamente
ante que tu percebas já não significarás nada além do que reticências suspirosas,desenhadas em meu corpo,apagadas pela esperança,abandonadas pelo desespero,uma pueril sensação,uma dolorosa inexistência.
e quando eu voltar..........por favor........não........me aguarde.........esse sonho foi um agonizante tormento............me liberto.........de ..........ti........por favor permita-me te esquecer completamente......................... e ...........não................me............procures porque já não necessitarei .........saber que ........segues .......respirando.......

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

adormecer nos braços do horizonte

será que podemos convidar a vida para um almoço sórdido e impertinente?
não diga que toda essa loucura retumbante de teus olhos foi apenas um fetiche qualquer.
afinal o início dessa bagunça ainda não terminou.
quero apenas ir embora,adormecer nos braços do horizonte.
pensei que poderia gozar da mentira
 fingir que acontecimentos comoventes foram na verdade banalidades do meu coração.
talvez devesse esperar a tragédia anunciada por teus trêmulos,incertos e errantes lábios.
mas me enganei absurdamente com o calor da tuas mãos.
partir para lugar algum e seguir aqui até o amanhecer.
porque me possuis dessa forma tão estonteante!
quero rasgar tua voz,romper o teu peito,sacudir teus batimentos!
a raiva que se apodera de mim ao me afogar no teu maldito ciume é indescritível!
dai de repente seguras minha mão e tuas palavras afagam ternamente meu relutante sorriso.
o que eu posso fazer com essa dor latejando em meus cegos ouvidos?
alguns momentos são eternamente sonhados em abraços reais outros são como beijos duramente sonhados
e jamais vividos.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

não é apenas um paixão de fim de festa

alguma coisa acontece no meu coração
somente quando eu atravesso a constelação do teu olhar.
sei que parece exagero,no entanto é apenas amor.
que bobagem esses paradoxos linguisticos
gostam tanto de atravessar a rua da imaginação.
quando cada fio de cabelo sorri alegremente,
neste triunfante momento,
sabemos que já não há volta,
estamos estarrecidos de amor.
não falo de uma paixão de fim de festa
como aquela que sentimos por um sorvete em dias impertinentes e quentes,
e sim daquele desejo envolto em carnificina,em admiração,em volúpia,loucura,desejo e reparação.
falo a pleno pulmões de uma amor que sim possuí uma unha encravada,
mas também possui o pôr-do-sol em cada palavra dita com um enovelado olhar,
visto que sabemos que a boca só costuma dizer asneiras nesses momentos tensos e maravilhosos.
não me refiro a uma paixão  tic-tac e sim daquela que o tempo a torna bela e inesquecível como um figueira.
não ouso falar dos desafetos,ciúmes ou lamentações.
quero apenas relatar sobre um euforia inapreciável que explode em meu peito e derruba o ceticismo,a mentira e a vaidade.
não digo em nenhum momento que seria tal amor perfeito
longe disso o que o torna real e irresistível é justamente a sua pouca vergonha na cara!
afinal de vale um amor sério,educado,com compromissos
sem uma paixão extasiante,que diga palavrões,que nos corrompa com sua candura?
eu quero imundiciar o mundo com esse absurdo amor!
chega de coisas certinhas e tediosamente terríveis!
já esta na hora de mergulharmos num obsceno encanto,num luxuoso beijo ou
quem sabe num comprometedor olhar que desnuda
todos os nossos preconceitos,dúvidas e outras besteirinhas.
experimentar?ousar?convercer?ou ser convencido?
que seja eu quero apenas transformar o meu sorriso em poesia.


sábado, 18 de agosto de 2012

Sou PSOL e estou na luta!

quero falar de uma vez o que está explodindo de em alegria
em minha cabeça,agitada,encantada, esperançosa.
eu acredito que é possível ter um mundo diferente.
acredito na força da mobilização,porque cabe a todos nós defendermos
a esperança de um presente lutas vitoriosas,
a alegria de participar da construção de um nascer do sol na política,
seja ela nas nossa escola ou faculdade,no hospital ou indústria,no campo ou na cidade.
esses farsantes corruptos compram verdades e vendem mentiras,
tentam nos convencer de que só há um jeito de fazer as coisas,o do toma- lá- da- cá  toma a verba da merenda e dá prejuízo,toma mensalão no café da manhã e dá um espetáculo vergonhoso,toma investimentos da saúde e dá desculpas esfarrapadas para todos nós.será que pensam que somos idiotas?
afinal esse bando de calhordas deveria estar na cadeia e não no palanque.
felizmente não existe apenas um jeito de fazer as coisas seja na câmara ou nas ruas.
já estamos cansados de não nos darem ouvidos,das falácias eleitorais,do descaso com a segurança,a saúde,educação,com os desempregados,aposentados, trabalhadores,jovens.
somos indignados!
somos bombardeados com promessas sólidas como uma parede rachada,
verdadeiras como uma pedra falante.
nem todos os políticos são iguais,nem todos os partidos são um vazio cartão postal.
somos indignados e não aceitamos a impunidades desses cachoeiras e sarneis!
não ficaremos de braço cruzado enquanto vendem nosso meio ambiente e amputam nossas plantas.
não aceitaremos calados enquanto Manuela finge ser a solução para nossos problemas quando na verdade o PC do B esteve envolvido em falcatruas corruptas ela é apenas pó de arroz salpicado numa hemorragia.
está na hora de curar as doenças desonestas com solidariedade e participação democrática da população.
somos indignados e vamos ocupar a política!!!
é por isso que no Rio de janeiro sou Marcelo Freixo,em são paulo sou Giannazi e em porto alegre sou Roberto Robaina,
no brasil todo sou PSOL e estou na luta!


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

insoluvel amor

eu não sei porque não esqueci
talvez tenha cansado da busca alucinante para encontrar um guardachuva sorridente.
te perdi,
não da forma tradicional,pois tu não me pertencias
no entanto a ausência de abandono não pode permitir a dolorosa separação de dois corações unidos perdidamente por um sentimento arrebatador
que constrói um vulcão em meus olhos
e liberta o canário escondido em minha respiração.
na saída desse problema matemático sem solução química ou teorema amigável.
afinal parece claro que o dia esquarteja as dúvidas dessa perdição
que envolve esse sentimento asfixiante,renovador, impossível de ser contido
na palma das mãos atadas por um caloroso beijo de despedida.
não é possível ir embora sem carregar no peito uma dolorosa angústia,
cheia de uma felicidade desejosa  de que fosse apenas uma inverdade
,injuria do destino,
passatempo de nuvens perversas.
eu errei.
quem sabe esteja confusa
em relação ao vento que envolve essas tremidas frases,contudo nunca tive tanta intensidade esbanjada em meus versos,
e tu meu insolúvel amor,
tornastes as probabilidades imaginadas em versos que anseio com uma furiosa sagacidade demonstrar
que já não sou a mesma,
ainda não me apresentei verdadeiramente ao mundo,
sou uma flor de lótus nascida da saudade,
crescida na esperança
e sobrevivendo da coragem de seguir em frente.
vamos parar com essa baboseira!
contra tudo e todos me olha uma vez mais,mesmo que seja a última.
porque de nada me arrependo e certamente faria tudo de novo.
essa besta prepotência de querer te arrancar da minha vida.
ainda não estou pronta pra admitir que foi um engano.
dia a pós dia me recuso a pensar na queda da folha que um dia esteve pousada sob minha cabeça.
existe uma chama crepitando em meu coração é cada vez mais difícil acreditar na chuva
que tudo arrasta e corrompe.
sinto tua falta com uma amarga coloração de doentia,sufocante.
martírio infame que me derruba,e tu não está aqui pra devolver o meu chão.
o tempo é conselheiro homeopático dessa inconsolável apaixonada.
soluços não solucionam a saudade insana.partir,agora,não me é uma opção.
ficar é impertinente demais,
afinal o arco-íris desbotado em meu sorriso
precisa recuperar o pote de ouro perdido
numa noite indescritível.




quinta-feira, 16 de agosto de 2012

faíscas não salvam a lavoura

a expectativa ás vezes perversa abomina a solidão,corrói a inocência,idiotiza a esperança.
tão só a estrada persegue o brilho da escuridão,encontra apenas o abismo o olhar e a parede.
ainda estou apaixonada.
não é o caso de revelar qula estátua perturba meu silêncio,é apenas um gripe,talvez um coração resfriado.
gelado,quem sabe,pelo vulcão escondido em teu peito.
já estou ficando louca.
a brisa charmosa de uma lembrança borrada pode implorar por misericóridia,nada importa.
o tempo acabou.
a saudade absurda não esconde suas risadas hipócritas;E agora?
é tarde demais.
para roubar um pouco de fôlego,a inundação chegou.
já não tem razão de ser.
impossível ocultar o vazio entre as ondas do mar em teu sorriso.
estou convencida de que as cores do sol estão bordadas em algum lugar,espero não muito distante.
agora fiquei em dúvida.
a confusão,certamente não é amigável companheira,me persuadiu a ficar,onde estou?
tudo se transformou.
por favor não me force a retornar ao conformismo incossolável,tudo menos esse pesadelo.
um passo mais e nada será igual.
quem diria que cheríamos nesse impasse,nessa inusitada encruzilhada,que perdição.
tantos desenganos.
ouvimos respostas como uma abelha dorme mas será que fomos sinceros.
os fatos foram abraçados.
a liberdade não traiu seus princípios,fui eu quem feriu as estrelas desconfiadas.
confirmei uma triste constatação.
o que mudar quando o vestido vira uma pueira abatida?
um desabafo se faz necessário,sim,estou pensando em ti,nesse mesmo,aterrador,segundo derradeiro.
faíscas não salvam a lavoura.
afirmar que tudo está resolvido não seria acertado,apenas desejável.
ardentemente sei que fácil não é.
o que desarticuladamente almejo expressar de forma cambaleante é meu anseio de despejar no mundo minhas inseguranças.
flores brotarem  pode ser complicado.
a culinária da vida não possui uma receita escrita por nenhuma mão,apenas pela a respiração
de um coração- dolorosamente- apaixonado.



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ruas corrompidas

tenho a sensação de que reencontrar a perdição
talvez seja o amadurecimento de uma corda pendurada.
olho ao redor e nada vejo e ainda sim sigo olhando,
quem sabe na esperança de algo encontrar.
a simplicidade escorre por meus olhos
futuro sob a cidade que fala abertamente sobre a violência
as ruas corrompidas lamentam os pequenos brotinhos mortos,
adormecidos sem assistir ao menos um pôr-do-sol
jogadas fora como latas de extrato de tomate.
um riso perturbador de um bolso cheio,na televisão mentiras vomitadas por um par de olhos cegos e ouvidos roucos.
som oco que busca musicalizar a dor e lucrar com a venda de desilusões.
o apagador percebe-se invisível,inodoro,incapaz.
lá fora os carros batem na porta no entanto a janela nada revela de seu passado obscuro.
as correntes podem apertar quem se meche mas sufocam aqueles que contemplam o horizonte aguardando o sol tornar-se uma pedra de gelo com gosto de hortelã.

sábado, 7 de julho de 2012

é um choque,a morte,a felicidade

é extrovertido,diferente,ousado;
e ainda sim belo.
é perverço,rouco e abusado;
e ainda sim belo.
é irreverente,malvado,tortuoso;
e ainda sim belo.
é um engano,uma angústia,um pesar;
e ainda sim belo.
é doente,são,silencioso;
e ainda sim belo.
é inccrível,estupendo,uma perdição;
e ainda sim belo.
é um choque,a morte,a felicidade
e ainda sim belo.
é desolador,terrível,mentiroso;
e ainda sim belo.
é um livro empoeirado,uma corda bamba,uma guilhotina;
e ainda sim belo.
é verdadeiramente simple,casual e espontâneo;
e ainda sim belo.
é triste,odioso às vezes,imperdoável;
e ainda sim belo.
é inesquecível,precisa ter um fim,é sufocante;
e ainda sim belo.
é sublime,persuasivo,inconveniente;
e ainda sim belo;
é amor,amizade,separação;
e ainda sim belo;
é odioso,uma loucura,inseparável;
e ainda sim belo.
é paixão,é dor,é prazer;
e ainda sim belo.
é qualquer coisa e não e nada;
e ainda sim belo.
































































sexta-feira, 15 de junho de 2012

a diversão colorida canta em silêncio

drapeei pétalas de musgo no cabelo escondido dos curiosos.
arbustos grampeados pelo vento numa brincadeira de criança.
será que eu sei que você é tudo o que me faltava?
estrelas mordidas pela desilusão de um dia de inverno.
sinto degraus de esperança caírem sob minha cabeça.
a procura por um esconderijo em teus olhos parece apetitosa.
trafego no cianureto do teu sangue,refrescante.
lá fora pegadas flutuantes contam piadas sem graça.
diversão colorida num mundo em silêncio.
será que já é hora de acordar o pão?
sorriso decomposto com uma felicidade radiante.
tecido putrefato da corja violenta da saudade.
a ausência é um grito cego que corta minha garganta.
fuga escorregadia que percorre a dúvida sobre uma ponte quebrada.
de nada adianta um novo coração feito de nuvem adocicada
se o sol acabar tuberculoso numa manhã de junho.
volto quando puder,irei assim que já não estiver aqui.
adoro as estranhas aranhas que apaixonam turistas enquanto consomem seus sonhos.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

tu sabes qual é a senha?
aquela sorrateira,ardilosa e picante.
ah sim!como poderia esquecer!
bom então lembras que foi ela que me levou à perdição,
e depois dela não sou mais o mesmo.
recordas como era espirituoso,calmo,intranquilo.
hoje sou sou folha verde,perdida no algodão doce de alguma criança marota.
é verdade!nota-se a diferença como uma maçã dourada na boca de um javali!
então sem mais delongas diga-me qual é a senha?assim posso ir em paz.
aham,humm,bom,hã?
espera um pouco que to quase encontrando,ta escondida no cantinho da palma da mão.
pode parar de enrolar e me entregar ela por gentileza??
sabe eu quero te dizer mas acho que minha cordas vocais desaprenderam como pronunciá-la.
minhas lágrimas podem revelá-la ou quem sabe meu anguloso sorriso.
tu realmente deseja possuí-la?
a senha para encontrar as gotas de felicidade luminosa no orvalho da noite
é escapulir pelo rio dos olhos de um pássaro feito de neve
que costuma repousar nos lábios do sublime encanto de ser surpreendido.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

brigas confeitadas

estou acordada mas sigo adormecida em meus pensamentos.
fico pensando na hipocrisia do vento em chegar bem naquele momento
e interromper de tal forma minha respiração
nada será como antes,já não o é.
fingir que o sol continua dourado é bobagem,coisa de criança.
agarrar pelas pernas as folhas que figem das responsabilidades pode ser inútil num sábado de outono
escuto a música mas não a sinto,na verdade não sinto quase nada a não ser nada em absoluto.
nada vestida pro jantar,nada molhada de alegria,mas eu nada;
não que eu não queira ou não possa ou não entenda,bem talvez alguma delas ou todas ao mesmo tempo.
o caso é que hoje acordei meio vontade de voltar  a dormir,a cama me dava um tédio envolvente que apenas sentia que ali não era lugar mas mesmo assim queria estar ali,em outro lugar,em todos os lugares.
na ponte,no deserto,no mar,no vulcão e por que não na palma da tua mão?
não sei se tu compreendes o que quero dizer,talvez apenas esteja afim de gritar bem alto e ver o que acontece.
isso é coisa de criança minha mãe diz,as nuvens falam em coisas embaladas com açúcar.
qual é a importância de se ter algodão doce na voz quando encontramos aquele amigo de longa data.
seria saudade do verde brilhante da inspiração nos meus pés?
talvez seja o sono me abocanhando pelos suspiros que adormeceram.
quem sabe é melhor compor um sorvete poético sabor engano,com amor derretido,brigas confeitadas por cima e servido numa casquinha de possibilidades.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

queria apenas ir para o oceano e lá respirar brevemente a saudade dos peixes.
esquecer do bordado de conchas em meu vestido.
às vezes o ouvido sente as percepções melhor do que os dedos dos pés.
nem sempre consigo separar todos os grãos de areia na minha mão.
hoje quero apenas ser uma pluna na mão de um pintor
e quem sabe assim ser semplesmente eu.
de uma forma natural,despojada,envolvente.
a luz interrompe minha linha de pensamento prefiro o aconchego dos cobertores
meus olhos vendados se acostumam com facilidade com o silêncio
um silêncio barulhento daqueles que apenas um beijo sabe ser.
de mãos dadas o poema morde com ferocidade a angústia.
escolher alheatoriamente um livro escondido no sorriso de um amigo
pode ser divertido,embora árduo trabalho
compensador é verdade e imprescindível
nem todas as ondas que abraçam minha pele
seriam capazes de roubar a tranquilidade de cozinhar nada e seguir em frente.
mesmo assim almejo com pregos e bolachas velhas
 pertencer ao semblante do mundo.

terça-feira, 22 de maio de 2012

adoro teu jeito luminoso de ser
e mesmo quando estás sério estás deslumbrante
teu olhar é como um diamante que corta ao meio minha desconfiança ou minhas dúvidas
é revigorante saber que cedo ou tarde meus olhos iram vislumbrar teu safado sorriso.
hoje foi pitoresco não te encontrar te busquei furiosamente por todos lados
mas apenas te vi no lugar mais óbvio,no meu coração.
foi difícil admitir para meu orgulho a importância do aroma esplendoroso da tua presença.
mas que seja!vou mergulhar profundamente nesse buraco fascinador de ânsias espumosas.
nadar loucamente em teus inexoráveis lábios por pura diversão.
a inelutável pervercidade de fingir que o opaco é cinza já não cabe dentro de mim.
a rosa transcendental de tua pele arde perdidamente num grandioso abraço.
adjetivos não são pários para exultar
essa maravilhosa, perfumada,cálida sensação que arrebata toda a minha existência.
nem acredito na luminescência desse provocante sentimento.
cada gota de cristal derretido
que escorre pelas suaves mãos da charmosa satisfação de estar com os pés na lua.
abriga,desaloja qualquer desprazer indizimável de voltar e não retornar.
o telefone toca mas fica mudo apenas dança frenéticamente a melodia do arco-íris.
estudar o nascer do sol com os olhos vendados
é simples como morder o tempo
e esperar o horizonte transformar-se em em um baralho de cartas.
nem todas as flores poderiam descrever a intensidade desses retumbantes,anestesiantes e magnéticos verso que almejam pintar as estrelas do céu no corpo do ser amado.


terça-feira, 1 de maio de 2012

se tivesse que escolher um doce pra te descrever
acho que ambrosia seria ideal
docemente irresistível de uma forma insuportável
apetitoso e deslumbrante de uma forma tão errante
louco,aterrador de uma forma tão certa!
difícil mas simples
complexo e ainda sim inenarrável
dedicado,carinhoso,quieto demais!
teu silêncio me entorpece
tua voz faz cócegas em meu coração
sorriso suspirosamente ao pensar em ti
adoro teu jeito enigmático irritante que me tira do sério
e às vezes me faz repensar se estou lugar certo
mas quando te abraço sinto que as estrelas
novamente reconstruíram a ponte que nos une ternamente
meus olhos satisfeitos com esse aroma embriagante
não resisto e busco uma forma de saborear esse adorável doce
que perfuma meu dia com gosto de canela
sons irrefreáveis e guloseimas encantadoras.

terça-feira, 24 de abril de 2012

mesmo quando sento ao lado do sol pra tomar um chá,apenas conversar.
sinto uma acidez nas palavras que escorrem por meus lábios,é estranho,indecifrável.
penso nele novamente
visito algum lugar importante no passado
nada me consola.
penso em ir pra outro planeta
acho graça dessa maluquice.
mas confesso que é uma atrativa ideia.
penso nele,mas agora é outro
não sei dizer se outra pessoa,
outro porque ele mudou tanto durante todo esse tempo
ou simplesmente eu já sou outra,indiferente,transmutada em folha ao vento.
certas pessoas invadem nossas vidas numa tarde qualquer
sem pensar abri meus olhos para que ele pudesse se abrigar em meu olhar.
enquanto outras pessoas pedem permissão com toda a cordialidade para se enroscar em nosso coração
quando digo ele me refiro ao primeiro
áquele que vive em minha mirada
e ao falar dele estou conhecendo melhor àquele que aos bocadinhos está conquistando um espaço muito importante na minha vida.
às vezes não tenho certeza qual dos dois é real ou qual prefiro ao meu lado
os dois me confundem,me enlouquecem,
enceideiam minha respiração
alegram o meu dia,transtornam meus pobres insalubres versos
e mesmo assim cá estou escrevendo
sobre esses mundos loucos
onde borboletas conversam com as estrelas apenas por diversão. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

já nem sei dizer adeus,isso me deprime.
todos os dias me pergunto
como é possivel amar tanto?
não sei se te amo mais,
te amo muito,no momento é o suficiente.
será que te amo num verbo seu tempo?
sei que te amo do tamanho do brilho de uma pérola.
ou te amo tão forte quanto o sol que arde meu sangue?
gosto de pensar que te amo como o pintor ama a música
tocada pelas alegres folhas do outono
te amo tanto que dói ,
não digo uma dor que passa com aspirina
mas uma dor que consome meu corpo,enlouquece meus sonhos e atordoa meu futuro.
te amo como a chama ardente da felicidade encontrada no abraço de reencontro
será que amo tanto quanto a loucura de uma noite sem fim?
te amo tanto meu amor que desnorteo
penso em ir embora,não sei se posso
 talvez não queira
nessa indecisão
sigo te amando com a intensidade de um furacão
te amo de uma forma tão maliciosa como irresistível
te amo e mais nada tenho a dizer
a não ser que é contigo que quero conquistar
os meus,os teus, os nossos sonhos.

terça-feira, 13 de março de 2012

algumas ruas às vezes parecem pêssegos
algumas uvas passa às vezes parecem estrelas no céu da boca
algumas cores às vezes parecem canções esquecidas
algumas louças às vezes parecem conhinhas no armário da cozinha
algumas luzes no céu às vezes parecem balas de goma recém chegadas
algumas certezas às vezes parecem pontos de interrogação pendurados numa árvore
algumas risadas às vezes parecemum ótimo lugar para repousar
algumas pessoas incríveis às vezes parecem inodoras
algumas paixões às vezes parecem parecem durar
algumas encantadoras lembranças às vezes parecem impagáveis
algumas pérolas num colar às vezes parecem uma prisão
algumas verdades às vezes parecem inúteis
algumas porcarias às vezes parecem interessantes
algumas vidas às vezes parecem uma criança feliz ao comer uma fruta no pé

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Recebi as flores do verão

O outono me recebeu de volta
Recebo de volta a saudade

O segredo das estrelas me recebeu de volta
Recebi de volta o encanto

A solidão do mar me recebeu de volta
Recebi de volta o reencontro

O amor inesperado me recebeu de volta
Recebi de volta as flores do verão

Os vaga- lumes me receberam de volta
Recebi de volta os versos esquecidos

Teu olhar me recebeu de volta
Recebi de volta meu coração

O caminho de ida me recebeu de volta
Recebi de volta a certeza de que no fim do arco-íris
Pode estar num sorriso amigo

domingo, 1 de janeiro de 2012

Tatuado em minha respiração

Te ter é como saborear as estrelas do céu
na palma da mão.
Ver nos teus olhos o brilho do universo.
Quando te abraço
as hemácias do meu sangue
transformam-se em uma explosão de paz.
O sonho torna-se opaco frente á realidade
O arco-íris do teu sorriso borda a felicidade do meu dia.
Encantamento absurdo de um mundo real
amplia o horizonte.
Batimentos errantes buscam a presença,
mas encontram a ausência
Cada dia fica mais difícil
refrear a angustia galopante
que atropela minha calma.
Sigo sentindo aquilo
que no principio me pareceu improvável, até mesmo insensato.
Agora ficou tatuado em minha respiração.
Apagá-lo seria como emudecer as ondas do mar.
Uma crueldade inimaginável.