Não tenho mais coração.
Meus olhos foram roubados
Minhas foram
Junto a minhas mãos, mutiladas.
Não penso, ouço,
Vejo, nem sinto.
É de titânio o ar que respiro.
Meus pulmões são de plástico.
Minha alma se afoga em lágrimas
Já não irá mais chorar
Visto que não possuo mais espelhos em minha face.
Minha pele foi retirada, para fazer um tapete.
Colocado na entrada de uma festa de comemoração.
Alguns de confraternizar suas conquistas.
Brindam a beleza do artefato.
Enquanto outros comentam sob a morte
Daquela que sempre esteve morta.
Me perguntam se acaso vivi pouco.
E respondo:
Nem cheguei a existir.
Jamais alcancei a melodia dourada de um dia feliz.
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