bem vindo

oi bem vindo ao meu blog nele expresso pensamentos,sentimentos,meus versos buscam apenas encontrar aquela emoção escondidinha lá no fundo do peito guardadinha sem saber o que fazer na maior parte do tempo.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Onde acaba esse fim mal resolvido?

onde estás que não te sinto?
onde estive esse tempo todo?
onde estamos cara a cara?
onde acaba esse fim mal resolvido?
onde fica esse absurdo?
onde tomamos fôlego?
onde comemos esperança?
onde dormimos amores?
onde sonharam os porquês?
onde sentimos um desalojar de corações?
onde fica a esquina mais próxima?
onde está a tua?a minha?mão?não?quem?



cabelo apaixonado

vejo tudo como nunca foi
e sempre será
apenas um punhado de folhas soltas
em meu cabelo desalinhado
perdidamente
apaixonado

Esperanças no asfalto

vamos em busca de passos coloridos
numa calçada inexistente
de uma rua muito engraçada
repleta de tudo 
cheia de nada
com um olhar distante
enquanto colho esperanças no asfalto

Apedrejo minha respiração

afinal qual o motivo de tudo isso?
apedrejo meus passos
quando te vejo
apedrejo minha respiração
quando não te vejo
apedrejo minha sensatez
quando não estou nem ai nem aqui
apedrejo meus rumores
quando deixo tudo como está
apedrejo meu coração
quando te amo
apedrejo minhas lembranças
quando permito ao vento me levar
apedrejo tudo
quando nada há


Anseios infundados

já não importa dizer adeus
se as palavras duras como aço
nascem em minha mente
e morrem em meu coração
que diferença faz
a dor que me golpeia ao te ver
e a agonia que enfrento ao estar frente a ti
e ainda sim estar ausente de ti
a permanência fugaz
de um tempo que não foi
e que ainda está aqui
observando a vida 
que passa pela janela dos teus olhos 
e encosta em meu árido sorriso
sem contudo mudar esse furacão
que assola meus já perturbados anseios infundados


Descobertas alucinantes

é sempre tudo do mesmo jeito sem nunca ser igual
folhas perpetuam verdades afundadas
num mar desconhecido
de descobertas alucinantes
numa tarde qualquer
presas ao bolso
de um viajante perdido

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Antigos retalhos

insubstituível afeição
desnorteadora de meus sentidos
petrificados
com apenas uma palavra tua
todos os pensamentos tornam-se uma calorosa calda de chocolate
doce e envolvente
feito despedida em aeroporto
tudo colado nas paredes do coração
como antigos retalhos
de um tempo em que havia emoção
no reencontro e pesar no desencontro


Laços de um par de tênis

é simples como areia nos pés
sua completitude é infinita
injuriosamente abismal
felicidade derradeiramente
infeliz
surpreendendo aos colchões
que nos separam 
enquanto aguardamos
a despedida incomensurável
entre dois laços de um par de tênis



segunda-feira, 21 de julho de 2014

sem pudores quero

hoje quero e tudo e algo mais
talvez um quê mais
ou um éfe mais
seja como for quero
porque querer me mantem viva
viver sem querer 
é um arco-íris desbotado
pela desconfiança e desamor
sem pudores quero
muitíssimo
tudo 
e nada ao mesmo tempo
simplesmente complexo assim
quero...
...mais
que...
...ruído
quero...
...som

Um tempo que corre parado

acredito que a hora sem minutos
num tempo que corre parado
congeladamente 
chegou
e dispensá-la através de um fecundo sorriso
é impertinente demais
e ainda sim irresistivelmente incrível
petulância saborosa
cravada num olhar nu
com nuances extrassensoriais
é como abocanhar o mundo
com apenas um filantropo olhar
e seguir os degraus que levam para lugar nenhum
acompanhado de uvas passas





Muita,muita poesia(poesia dedicada a Rubem Alves)

estou aturdida com tantos buracos em meus pensamentos
é como se meu cérebro agora fosse uma queijo
e as conclusões meros retalhos pra pôr em um sanduíche mental
a tristeza colaba minhas tristezas
nesse imenso mundo
porque toda vez que um poeta daqui se ausenta
os espinhos no pé tornam-se mais insuportáveis
ler,reler,sentir
tudo o que de significativo foi feito
aprisionado,libertado
amado e odiado
com a intensidade de algumas estrelas na mão
algumas pessoas permanecem conosco
espalmadas em nossos corações
porque suas existências mais do meras recordações
tornam-se simbolo de esperança
em um amanhã
repleto de dúvidas,certezas,absurdos
e muita,muita poesia.




domingo, 20 de julho de 2014

sentimentos insensíveis

já não sinto mais tua voz me acariciando
já não sinto mais tua sombra me iluminando
já não sinto mais tua presença em mim
já não sinto mais aquele amor
já não sinto mais essa raiva
já não sinto mais o prazer em ser descortês contigo
já não sinto mais a ausência no fim do dia
já não sinto mais a dor que desnutre minha esperança
já não sinto mais nada
já não sinto mais quem sou
já não sinto mais
meus sentimentos
insentiveis
insanáveis
insensíveis



sexta-feira, 18 de julho de 2014

Real irrealidade

é tudo muito pouco convincente
como se fosse real a irrealidade
pequenas postulações
corrompidas
dilapidadas
esporuladas
entre o desejo e o esquecimento
tudo nem um pouco só
mas também jamais acompanhado
como o esverdear de um por-do-sol



sexta-feira, 11 de julho de 2014

Sobremesas esquecidas

adoro correr por entretenimentos desastrosos
são como sobremesas cobiçadas
azedas,esquecidas na geladeira
como o vento morno numa tarde gelada de verão
hipocrisia infecta que corre solta em meu sangue
já adormecido
aqui
e
por onde quer que seja
sempre suspirosamente
com uma dor pungente
latejante
irritante
de uma forma única e ousada
petulância derradeira de uma morte
não nascida

Abraço enovelado

E o que importa se o algodão-doce descabelou o bom senso
Com um estonteante olhar
E algumas mentirinhas bordadas num sorriso espetacular
Apenas para apimentar uma manhã gloriosa
Quente como calda de chocolate
Irresistível como um abraço enovelado

Muito amor,poucas palavras

talvez... eu nunca diga... o quanto eu te amo
pode... ser que eu jamais... tenha coragem...
não pense que é... porque meu amor é ...fugaz
quem sabe esse raio... que explode em meu peito
não seja feito pra ser... deformado... por ...palavras
poderia... esse amor ser tão... selvagem
que algemá-lo com fonemas seria... pura crueldade
seria... possível amar... tanto... que é ...impossível
esse latejante sentimento que torna tudo ...impronunciável
onde faltam discursos românticos
vive um ...amor ...além das minhas forças
é a força inexorável de um amor ...imenso
o que me impede de... ti olhar
nesses ...olhos tão lindos
e beijar-te com... versos
se acaso for ...suficiente... para ti
posso permitir ...
...que vejas
o arco-íris...
...em meu
apaixonado sorriso.

sábado, 5 de julho de 2014

Paginas perpétuas


Não me tire o tiro certeiro da incerteza
Nem sei andar nesses passos surtados
De salto alto roubado
Saído de um soluço cambaleante
Errado instante tardio
Chegou tarde
Na estante sem prateleiras
Pesadelo desbaratinado
Incontido degelo entre dedos decepados
Separar é impossível
Juntar é inalcançável
Perdurar essa dor
É crueldade
Desgostoso paladar mortificado
Pela indiferença
Dos vermes ao perseguir seus sonhos
Não me tire essas pétalas atiradas ao chão
Senão descoloridas ficam minhas paginas
Perpétuas 
Aprisionadas num desatino, opaco, hemolisado

sexta-feira, 4 de julho de 2014

um pouco de absurdo

Alguma coisa me diz que tudo está sendo construído
De uma forma tão pitagórica
Que às vezes corrompe minha destreza
E outras a deixa ainda mais formosa
Desatino escultural
Pertencente a outros mundos
Nessa hipócrita adesão
Dos universos paralelos
Numa só mente
Apenas transferindo uma beleza ruidosa
Que desfere charme
Em todas as direções
Em todos os instintos
Em tudo onde há um pouco de absurdo


Atributos decorativos

Onde está aquela antiga bagunça desarrumada
Que perpetua a todo instante
A zombaria de um guarda-roupas vazio?
Que fala sem ser solicitado
Cala quando requisitado
Sente quando o abismo o afunda
Para a terra sem propósito algum
Será muita coisa reunida
Num buquê de mosca – morta
Embrulhado em alumínio usado
Enferrujado, ousado
Então é o que tem
E nada mais
Assim as flores descansam
Em agonia constante
Sem prejuízo
Aos seus atributos decorativos

Som sem aroma

Estou cansada
De ficar engasgada com lamuriosas divagações
Este lugar sem retorno
Som sem aroma
Caminho sem pasto
Paz sem voz
Já não suporto mais
Nem menos
Pra ser sincera
O que eu quero
É um pouco da desajustada comodidade
De uma farta mordida num merengue de nuvens
Coberto com a alegria da hortelã
E um punhado da inusitada tranquilidade

quarta-feira, 2 de julho de 2014

lugar impróprio para consumo

Essa agonia sufocante
Perdura temporariamente
Nesse pendulo acorrentado a mim
Estridente ranger de dentes
Que descola meu sorriso desse lugar
Impróprio para consumo
Estou sem nada
A oferecer
A perder
A roubar


aturdido banquete

Sintam o esverdeado sapateado
Que perturba suas ocas cabeças
Desenrola suas vísceras
Arranca seus olhos
E os serve num aturdido banquete
Inócuo
Não pensem que serão convidados para não estar na mesa
Certamente não sentarão nas cadeiras feitas de pó de esquecimento
cuidado!
Caso contrario podem deixar de recordar quem é o jantar
Não é pura maldade
É apenas um negocio lucrativo
Assistam suas vidas adquirem algum valor
Ao menos para um faminto estomago
Escorregadio, sombrio, profundo
Não adianta reclamar
corte,faça ou morra.

Olhares enviesados

Quanta coisa se pode aprender com uma folha ao vento
Sabe quando ela dança laboriosamente
Seduzindo os transeuntes
Saboreando olhares enviesados
Acariciando com rispidez todos os ausentes
Numa melodiosa harmonia
Presente na ausência
Perdida em algum dia qualquer
E hoje retomada com força
Gravidade e perspicácia
Quem sabe o que se pode aprender?