tão sem mim?
tão sem noção?
sem alma,sem corpo
verdadeiramente mentiroso?
haverá tempo para a lamentação?
e se o tudo foi em vão?
mas teu olhar arranca o silêncio de minha paz
haverá outras formas de vidas?
e mortes?
ainda há perdão?
será possível tanta angustia dar tanto prazer?
tão sem volta?
palavras cercadas?
olhares soltos?
tão frio?
tão ardentemente?
tão trancafiado na liberdade que cabe em mim?
tão sem ti?
tão sem nada?
tão amorosamente indiscutível?
haverá desconfiança
tão sublime?
tão charmosa?
esse encontro desarticulado
tende ao infinito que escorre por nossos corpos
num ritmo cambaleante e intrépido
tão sem perceber?
tão sem nós?
e ainda nosso,apenas
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