Pensando bem até que é um pouco
inútil
Compreender tuas razões para tudo
isso.
Se é que elas existem mesmo?
Tantos pontos de interrogação
brotaram em minha cabeça
Desde que te conheci.
O mais perturbador não foi ter
tantas dúvidas,
Mas uma certeza
Que destruiu de forma irrecuperável
monotonia da vida.
Hoje são tantos sons que me
despertou toda vez que insisto em adormecer.
Derrubam a inquietude, massacram a
harmonia, encantam o desespero.
É impossível não sorrir ao
fechar os olhos
Embora seja apenas uma pintura
superficial.
Pois por dentro sigo igual,
Um pântano florido com azaléias
dançantes.
Simplesmente não noto os dias
passando
É como se cada pétala
Se transformasse em pó fosse uma mentira.
Como se realmente o universo
Estivesse pedalando em sua
bicicleta cósmica,
Sem frio,
Sem rumo.
Sem sentido os dias, na verdade,
não nascem
Nem tão pouco desaparecem
Apenas ficam em exposição na retina dos meus
olhos.
Brincando com curiosas folhas que
deslizam sobre a água, aguardando
Talvez, a oportunidade de rever a alegria
Que fugiu pelos canos tortuosos de
um período nebuloso
Na esperança
De que o mais incrível suspiro
Não tenha sido apenas ar,
Mas amor na forma gasosa.
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