ao observar o sol bocejando na janela de fora da rua,
lembro do teu jeito imprevisível
como um raio que em certos momentos tento guardar em meus braços.
mal consigo abrir as pálpebras
estão pesadas como as nuvens do céu.
o medo polvilhado sob minha pele arde ao te ver,
,minhas mãos geladas buscam acalmar a desnorteada euforia.
tua voz ao pé do ouvido perturba minha ingênua confusão,
não sei o que sei.
tudo parece novo,misturado de uma forma antiga.
adoro sentir o sabor do teu olhar
degustando-me por inteiro,um bocadinho de cada vez.
o receio de pertencer
enfrenta o encanto de se perder nas mão do outro.
nessa disputa encontro estrelas riscadas no chão de meus pensamentos,
anteriormente perdidos,
hoje encontrei todos eles sentados sob a guarda da acama.
nem sempre é fácil costurar as ondas do mar,no entanto ás vez é preciso.
pois caso contrário perderíamos a chance de adormecer
ao som da bela melodia
de um sorriso que nos envolve
e beija cuidadosamente cada suspiro de carinho.
desconheço o caminho das árvores caídas
apenas desejo seguir aquelas pequenas pegadas deixadas pela explosão de um vulcão
preso em teu abraço,
pois assim posso enfim tocar o arco-íris com os olhos,
sentir o perfume do frenesi
e mergulhar no brilho incandescente do luar no meio de uma tarde de domingo.
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