Gosto de banhar-me na sombra de teus olhos
Sinto-me renovada, refrescada, renascida.
Percorro esse azulado caminho
Busco perguntas sem sentido,
Frases sem argumentos ou palavras,
Canção aplaudida por teu cálido sorriso.
Encontro na solidão a flor da saudade
Que desabrocha em minhas mãos confusas.
Não entendo os versos surdos,
Que jogaste no silêncio rouco
Das recordações perdidas.
Parece que um pedacinho do céu,
Ou melhor, dois,
Foram, habilmente, esculpidos na luz dos teus olhos.
E neles mora a plenitude da alegria
Acariciada pelo gentil despertar de um novo dia.
Quando escuto tua voz, sinto
Essa melodia trepidar meu corpo inteiro
Tatuagem eterna, bordada em meu coração.
Borboleta travessa cuja volúpia encanta meu dia.
Nossa!
perdi as contas ao tentar acompanhar
o vôo das batidas em meu peito ofegante.
Pois se te vejo bebo o arco-íris em teus braços
Respiro as estrelas do céu escondidas nas ondas do mar,
Vivo um amor delicado como a rocha,
Previsível como o vulcão,
Encantador como o vento que despenteia meus pensamentos,
Racional e insano, embora insaciável, peculiar e guloso
Procurei nas pétalas da vida
E achei em teus surreais lábios.
Bete Lopes 10/12/2010
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