Olhos que ardem e clamam por justiça.
Corações são plantados
Num deserto sem alma.
O livro da sabedoria é aberto
E enterrado com moscas virtuais.
Será o futuro olharmos
Sem tocar a face amiga?
É verdade que o som da morte somente é ouvido
Por quem vive na escravidão capitalista?
Comer plástico e beber água do esgoto
Este é o cardápio do grande capital.
Servido em bandejas brilhantes
Para iludir aqueles que nada tem.
Eles querem nos convencer
De que não somos dignos de respirar liberdade
E comer felicidade.
Tentam secar o rio da esperança
Que corre em nossas veias.
Mal sabem que nossa indignação
É a chuva que rega e banha
Esse delicado, mas forte rio.
Em alguns momentos
Represas são feitas e deixadas de lado.
Como quebrar as paredes alienantes
Que cortam nossas gargantas?
E será mesmo que somente poucos
Têm o direito de olhar o horizonte
E não morrer sufocado?
È difícil pensar na vida sem luta
Mas o que é a vida senão
A ternura de ver o fim da exploração.
Caminhar pelo sol é mais fácil
Do transformar a realidade.
Contudo é melhor apanhar por sonhos
Do que bater por dinheiro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário