Os prédios acenam gentilmente, nem sempre foi assim.
Cumprimentam cinicamente a cândida solitária estrela noturna..
Tudo parece fora de lugar.
O silêncio parece improvável.
Os soluços saltitantes encantam o luar, jamais encontrado.
Tua voz rouca aquece meu sorriso, num louco abraço.
Salpicado de lantejoulas, douradas, envergonhadas e tímidas.
Lembro do teu olhar,lendo minha respiração ofegante.
Em meu peito um navio pesado de plumas, cor de safira brilha.
E mergulha na imensidão dos meus pensamentos.
Sinto, falta da estrada que irei percorrer ao teu lado.
Desejo te ver com a intensidade
Do desabrochar do verão.
Beijo suavemente a saudade.
Os passos ouvidos
Destroem a montanha esquecida.
A brisa, como sempre brincalhona, faz cócegas
Ao contar alguns segredos.
Costuro as palavras na palma da mão.
Descubro na eternidade
De uma conversa no portão
A falta que fazes
Para que assim
Eu possa pintar o arco-íris
No céu da minha boca.
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