bem vindo

oi bem vindo ao meu blog nele expresso pensamentos,sentimentos,meus versos buscam apenas encontrar aquela emoção escondidinha lá no fundo do peito guardadinha sem saber o que fazer na maior parte do tempo.

domingo, 19 de outubro de 2014

Titubeação

fazer o susto saltar por entre os dedos
é como abocanhar uma maria-mole novinha em folha
recém bordada,com gosto de nuvem
feita de esperanças batidas com paciência
ao caminhar na solidão de uma avenida
sinto toda  a imensidão da ausência desfalecedora
o medo não foge ao combate
embora a coragem desfrute de sua titubeação
errante ao mordiscar as pétalas soltas num pôr-do-sol

Dedilhar as pétalas dos meus dedos sob teu corpo

quero deleitar sob as especulações dos teus cabelos
enrodilhar meus lábios em teus pensamentos
dedilhar as pétalas dos meus dedos sob teu corpo
saborear,gota a gota,cada perfume do teu sorriso
despertar no teu sono nas manhãs de chuva
entrosar meus lábios nos teus
dedicar singelos versos em formas de beijos numa folha de papel


sábado, 18 de outubro de 2014

Disfagia amorosa

gosto de saborear calidamente tua voz não dita
silêncio desajeitado que escabela minha paciência
e por mais que apenas entre nós exista o silêncio
sinto uma aterradora sensação
que aperta meu inespecífico coração
porque as palavras gotejam suavemente em minha garganta
e arduamente algumas conseguem escapar das garras do vazio sonoro
que perpassa nossos corpos
e ousamos um "oi" mudo que transborda de nossos sorrisos
espontaneamente arrancados do furacão
que nos possui toda vez que nos encontramos
ausência e excesso preenchendo o vácuo inescrupuloso
que ardentemente une nossos olhares
as mãos dadas numa estelar alegria
que transgride a avassaladora imobilidade dos fonemas
compensa toda e qualquer disfagia amorosa

Estrofe barulhenta

aí tudo se transformou numa imensa esponja
repleta de um abismo sem nada
a falar sobre a verdade incômoda
indizível,apagável,inestimável.,
tudo mastigado,mordiscado,mascarado.
dificilmente acabará a chuva sob meus pés
ainda sim misteriosamente ouço
palavras guilhotinadas,escorraçadas,dizimadas
sobreviventes,lutam para respirar nessa árdua realidade
tarefa ingrata revelar o obscuro e singelo sorriso do silêncio
aquele momento em que a arte de esculpir sílabas
torna-se insuportável,angustiante,aterrador
dizer o inexprimível com perfume de rosas
é como beber um copo de água e caminhar sob uma corda ao mesmo tempo
concentração inapropriada,terapeuticamente impossível
falar quando os versos almejam encobrir o som
de suas imutáveis bocas taciturnas
espreitando toda e qualquer estrofe barulhenta