o que permite abdicar de algo que não é nosso?
como posso roubar algo que não pode ser de ninguém?
seria possível admitir o intangível pensamento de uma flor?
o que faria se não estivesse nada com tudo?
quem sabe o talvez seja a única opção?
seria diferente se acaso todos fôssemos um?
se os caminhos levassem a lugar algum?
perderia eu a possibilidade de ser feliz
pela possibilidade de uma profunda tristeza?
algumas conversas ultrapassam a linha tênue
entre o que os ouvidos sentem e o coração ouve?
quem sabe eu não saiba nada sobre isso
mas também não recorde daquilo?
o que a insanidade tem de tão ruim afinal?
se minto para mim estarei acreditando nas pessoas que creem nessas bobagens
ou fingindo estar ou jamais estarei?
talvez as borboletas tenham decidido morar em meu estômago?
pode ser que eu more nas asas dessas flores voadoras?
estou aqui mesmo quando estou lá?
seria eu capaz de mensurar o inquantificável?
onde está o instante que cega minha ironia?
seria um dia noturno esse que guarda a chave desse infindável poema?
ou a poesia poderia ser a ausência regrada
de organizações não estipuladas num aperto de mão?
como posso roubar algo que não pode ser de ninguém?
seria possível admitir o intangível pensamento de uma flor?
o que faria se não estivesse nada com tudo?
quem sabe o talvez seja a única opção?
seria diferente se acaso todos fôssemos um?
se os caminhos levassem a lugar algum?
perderia eu a possibilidade de ser feliz
pela possibilidade de uma profunda tristeza?
algumas conversas ultrapassam a linha tênue
entre o que os ouvidos sentem e o coração ouve?
quem sabe eu não saiba nada sobre isso
mas também não recorde daquilo?
o que a insanidade tem de tão ruim afinal?
se minto para mim estarei acreditando nas pessoas que creem nessas bobagens
ou fingindo estar ou jamais estarei?
talvez as borboletas tenham decidido morar em meu estômago?
pode ser que eu more nas asas dessas flores voadoras?
estou aqui mesmo quando estou lá?
seria eu capaz de mensurar o inquantificável?
onde está o instante que cega minha ironia?
seria um dia noturno esse que guarda a chave desse infindável poema?
ou a poesia poderia ser a ausência regrada
de organizações não estipuladas num aperto de mão?