Que faria almejar ao menos tentar alcançar,
arranhar, levemente,
a parede lírica que separa a prosa da poesia.
Esquartejar os versos e mastigá-los
no café-da-manhã!
Sorrir para os medrosos valentes
acordados
sonetos roncos que perdem seus
cabelos com o vento.
Amar a luxuriosa roupa da
inspiração!
Gostaria eu de comprar a sorte
leprosa
de um tsunami online de contos de
horror!
Transtornar muito boa a sensação do
arco-íris adormecido!
A invenção dá trotes obscuros para
roubar a inquietude!
Zombaria das estrelas que mostram
suas línguas suadas!
Macarronada assassina que comeu meu
pé!
Nem gritos posso para convidar a
menina que não vem!
Quem sabe o amor seja apenas uma
esponja licorosa que bebe a felicidade que goteja, ardentemente dos lábios
enlouquecidos?
Ou apenas o som das nuvens ao dançar no tímido olhar
da flor que desabrocha.
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