Talvez ninguém saiba,
mas
eu não sei fechar os olhos
e fingir que meu coração não está despedaçado
porque
não te tenho aqui mesmo com esse delicioso sorriso picante.
Talvez não tenha dito,
mas não sei formular uma vida
sem esse olhar impertinente, enigmático,
intocável.
Talvez não tenha a
intenção,
mas eu devoro meus pensamentos
buscando uma forma de suportar o pesar
da tua ausência.
Talvez não queira
mas
por favor
compreenda minhas palavras,
um pouco sem sentido,
mas jamais sem um
sentimento ardente que me consome.
Talvez seja verdade,
mas
eu não quero nem saber!
Talvez não consiga
cumprir promessas,
mas eu sou capaz de corromper todas as ondas do céu
estrelado para te encontrar.
Talvez esteja deixando de
brincar com tolices,
mas adoraria desejar,
um pouco menos que o eterno
infinito,
abraçar tua aconchegante voz.
Não posso está além das minhas
possibilidades ou cortesias.
Talvez aprenda a
acariciar o vento,
mas é impossível arrancar esse amor do meu coração
sem
torná-lo inútil,
acanhado num canto mórbido de um cemitério esquecido.
Talvez
não entenda a pintura dos teus lábios,
mas ouso te amar com a fúria do oceano
em chamas
que apenas grita, ou melhor, vive, ao presenciar a intensidade,
inimaginável, incontrolável,
Talvez
insubstituível
desse incandescente amor,
que carboniza meu sorriso,
aprisiona
meu corpo
e renasce meu coração.
Talvez eu te ame tanto
que esteja nascendo um sol em meus olhos,
mas não esqueça jamais
enquanto
houver um pôr-do-sol a alimentar meus passos,
te amarei perdidamente com a
felicidade das rosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário